— {Encurralados}: Narrada fácil para Marcio Voux e Jake Dwyer

Death is only the beginning ♦ Walkers

You shout it loud. But I can't a word you say

Que inferno, Marcio pensou. Ele estava encurralado, junto de um garoto visivelmente mais novo do que ele. Sua mente processou as ações anteriores. O curandeiro saiu do acampamento para procurar mantimentos e por sorte alguns equipamentos médicos. Um dos sobreviventes indicara a região onde ele estava pois era próxima de um hospital abandonado.

Infelizmente o peruano topou com um grupo de zumbis. Marcio quase deixou sua mochila para trás, tamanha era a pressa que tinha em se livrar dos mortos-vivos. Ele carregava o kit de primeiros socorros e a lanterna, além da faca e da adaga escondidas na parte de dentro da cintura da calça. O metal frio arrepiava sua pele enquanto ele encarava o garoto ao seu lado.

"Carro". Aquela palavra foi suficiente para Marcio seguir o menino e para que os dois corressem na direção do veículo destravado.

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- Isso é... carbureto? - o curandeiro comentou quando os dois entraram no carro.  O garoto começou a passar instruções e Marcio lembrou de suas aulas de Química na faculdade. - Certo.

O peruano pegou a sacola com as pedras de carbureto e contou o necessário para fazer a reação explosiva. O rapaz colocou a quantidade exata de reagentes na água do pote e me entregou a solução para que eu colocasse a tampa. Eles abriram os vidros e o curandeiro escolheu o grupo que estava mais longe e jogou a solução de gás inflamável que se formara no momento da reação com toda a força que possuía. Marcio torcia para que tudo desse certo.

perícias:

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- Pode deixar - o curandeiro sorriu ao ver o resultado e repetiu o processo químico, desta vez com a água com gás.

As pedras foram adicionadas cuidadosamente e a solução começou a tremer. O peruano fechou o vidro do carro depois de sair e observou o rapaz fechando o escapamento de gás com uma das frutas podres. Marcio calculou a distância exata da mira e correu junto de seu companheiro. Antes de prosseguir, ele jogou a solução explosiva e torceu para que aquela estratégia funcionasse, pois continuaria a correr para longe dos zumbis.

perícias:

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Correr. Era a única saída. As pernas de Marcio se moviam com rapidez e eficácia enquanto ele e o outro rapaz se distanciavam da cena incendiária. As ruas se desdobravam durante a fuga, passando de estreitas a largas, vazias a cheias de folhetos esvoaçantes.

Finalmente os dois pararam. O rapaz manifestou seu cansaço em palavras e o curandeiro não emitiu um único som. Ao ouvir o nome do rapaz, Marcio levantou a cabeça e sorriu.

- Meu nome é Marcio - ele apertou a mão do rapaz. - Lembra das sacolas de compra que encontramos no carro? Deve ter algum mercado por aqui. Além disso, estamos igualmente cansados, precisamos de um lugar para repousar e tratar de ferimentos. Ainda bem que estou com meu kit.

Os dois terminaram o descanso e começaram a procurar por um mercado ou mesmo alguma casa vazia onde poderiam coletar suprimentos.

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Não demorou muito para acharem uma casa. O local não era exatamente uma mansão, mas o curandeiro só desejava uma coisa: descanso. Jake revirou os armários do segundo andar enquanto Marcio analisava o banheiro em uma busca por remédios.

A quantidade de frascos era impressionante. As pessoas que moravam naquela casa deviam ter a saúde muito frágil. O rapaz guardou algumas roupas em sua bolsa e comentou sobre se livrar do cheiro de suor para não atrair zumbis. Além disso, a exclamação de alegria quando os frascos foram avistados por Jake fez com que o curandeiro levantasse uma sobrancelha.

Os dois se trocaram e o companheiro de Marcio manifestou sua vontade de sair dali apressadamente. Com calma, o estudante de medicina fez Jake se sentar e esperar pela aplicação de remédios.

Abrindo o kit de primeiros socorros, Marcio tirou um algodão e limpou o rosto e os braços do rapaz com álcool. Ele analisou as feridas do garoto e fez um pequeno curativo na mão direita de Jake, para que a cicatriz se formasse sem problemas. Marcio fez o mesmo com seu próprio corpo, precisando retirar sua blusa recém conquistada para enfaixar o braço que estava com queimaduras e alguns cortes.

Devidamente medicados e curados, os dois saíram dali. Marcio recordou do abrigo em Nova York, onde fora acolhido pela primeira vez.

- Acho que sei onde podemos passar a noite - ele sorriu para o rapaz. - Quando cheguei nessa cidade, fui encaminhado para um grande abrigo de sobreviventes. Não deve ser muito longe daqui, vamos.

Os dois saíram da casa com roupas, remédios e mantimentos em suas mochilas, além de um novo rumo: o gigantesco conjunto de tendas e quartos onde Marcio estava hospedado desde que o Apocalipse começara.

obs:

perícias:

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Ao saírem do local, os dois perceberam que o percurso até o grande abrigo seria maior do que o imaginado. Enquanto andavam pelas ruas vazias daquele bairro deserto e sombrio, Jake congelou.

Um grupo de zumbis estava perto dos sobreviventes e Marcio ouviu as instruções do rapaz com paciência e calma. Sabia que deveriam se livrar de obstáculos o mais rápido possível pois logo ficaria escuro e não teriam para onde correr. O curandeiro pegou uma pedra que estava solta na calçada e ele lança o projétil na direção oposta aos zumbis, numa tentativa de atrair os mortos-vivos para outra direção.

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