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Alive - A Busca no Caos

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Mensagem por Noah B. Hastings Dom Nov 08, 2015 6:01 pm






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Alive - A Busca no Caos Empty Re: Alive - A Busca no Caos

Mensagem por Michelle Greywood Dom Nov 08, 2015 6:05 pm

Alive
   “ Quanto tempo já se passou? Como tudo começou realmente?”

 Eram perguntas que jamais consegui responder, meu senso temporal estava totalmente fora de si desde que os mortos passaram a matar os vivos, e de que adiantaria saber que dia da semana ou do mês era? Só para saber qual data escrever na tábua da cova de alguém quando ela morreu? Era melhor apenas seguir os dias como outro qualquer, outro dia qualquer onde viver era o que importava sem importar se passávamos fome ou tínhamos sede, sentir fome e sede era a prova de que ainda tínhamos um pouco de energia para lutar.

 Estava sentada no terraço de um prédio no centro de NY, estava sozinha à alguns dias pois por um milagre eu havia me encontrado com meu pai, ele era do exército ou do que restou do mesmo após o apocalipse dos mortos, ele me dissera que meu irmão mais velho Cameron estaria vindo para cá nos encontrar. Papai disse que tinha dito que conseguira falar com ele por meio dos radio satélites do exército mas por pouco tempo, eu sabia que Cameron viria pelo caminho que mamãe fazia para levar eu e minha irmã para a fazenda da família desde que ela se separou do papai. Ela havia traído ele com outro homem quando Cameron tinha 6 anos, ela estava grávida do papai e não sabia e assim se separaram porém ainda eram muito amigos e tinham uma ótima convivência, todos finais de semanas, feriados e fim de ano mamãe nos levava para a fazenda da família onde podíamos festejar juntos, Cameron era meu herói como irmão mais velho e eu sentia muito sua falta ele me fazia ser mais forte e corajosa do que eu acreditava que poderia ser. Quando se formou na academia da Policia da Califórnia eu chorava feito uma criança orgulhosa do meu herói que agora realmente seria um herói, não só meu mas de toda a população daquele dia em diante, eu sempre o admirei por ser um homem corajoso e com um enorme senso de justiça, acho que era isso que me passava as boas sensações que eu sentia quando estava com ele, sempre quis ser como ele.

Enquanto devaneio aqui sob a lua melancólica eu penso que talvez não consiga rever Cameron, meu pai ou mamãe e minha maninha, quanto mais eu avanço para fora de NY parece que os pequenos grupos de errantes se tornam manadas massivas de morte certa, estou sozinha contra a morte pútrida. A única coisa que mantém firme nessa jornada é a vontade de abraçar meu irmão só mais uma vez, nem que eu esteja ferida e próxima da morte eu quero dar só mais um abraço nele e saber que nada de ruim aconteceu com ele, por isso me sinto determinada em encontra-lo o quanto antes para que dê tempo, o tempo não vem sendo nosso aliado ultimamente já que nos perdemos em sua vastidão incessante.

  O vento sopra uivante com uma brisa fria que passa pela minha pele como fios de navalhas, não sinto mais minhas pernas devido a dormência por estarem cruzadas a muito tempo e decido voltar para dentro me levantando com certa dificuldade, deixo a porta aberta atrás de mim enquanto vou adentrando o corredor vazio e escuro indo em direção ao quarto que havia limpado pela tarde, é claro que não consegui limpar o prédio todo era um edifício enorme e uma única garota de 56kg jamais seria capaz de tal feitio. Eu não era o Cameron para tal feito mas minha vantagem era conseguir passar sem ser notada, por isso lá estava eu me jogando em um colchão mofado de calcinha e sutiã sentindo um vento frio invadir o quarto e trazer um pouco de paz para mim, já não dormia em uma cama tinha tanto tempo, sempre um chão duro e que me deixava mais dolorida do que fugir o dia inteiro dos errantes. Quando me dei conta já estava amanhecendo o brilho do sol faziam meus olhos arderem dizendo que aquele dia seria de um calor insuportável, me vesti e conferi o que ainda tinha em minha mochila, ela estava velha e com uma alça rasgada e o fundo parecia que não iria durar muito tempo também, retirei minha garrafa de água de dentro dela a sacudindo algumas vezes e nem sequer um ruído, estava sem água em um dia que seria de fazer camelo chorar e era tudo o que eu queria naquele momento. Suspirando alto e me jogando de costas na cama de novo eu tentava pensar no que fazer, teria de achar algum lugar para saquear antes de seguir jornada ou eu morreria antes de chegar à metade do caminho, consegui sair do quarto sem ser notada, minha mochila com sua única alça cruzando meu peito e a coragem se acumulando aos poucos, era hora de dar o fora dali e seguir meu caminho em busca de ver Cameron.

 Para meu azar um grupo se acumulou nas escadas principais, eu poderia correr e pular sobre eles e descer pelas grades, mas aquilo não era um filme de ninjas e se eu errasse a queda pelas grades eu morreria devido à altura em que estava, o jeito seria ir pelas escadas de serviço mas sendo um local fechado seria minha sentença de morte me deparar com um grupo de mortos. Estava com uma faca na garganta e uma arma na cabeça, já que era pra morrer que fosse do jeito mais rápido, fui pelas escadas principais tomando impulso e pulando sobre os mortos, ao cair no chão rolei tomando impulso para me levantar e correr dali ante que me alcançassem. Estando de pé tomei impulso e saltei para o lance de escadas do outro lado, achei que iria morrer mas consegui me agarrar no corrimão mas senti que havia machucado uma costela com o baque do meu corpo contra as grades, a boa notícia era que os mortos estavam longe agora e eu avancei dois andares abaixo com o salto e o caminho estava limpo, me sentei e retirei minha blusa a rasgando, arranquei a alça rasgada da mochila e a amarrei em mim sobre a região que tinha machucado, quase chorei com a dor mas tinha que me manter em silencio ou a dor causaria minha morte. Usei a blusa para colocar sobre a alça e cobrir a região para a dor não ficar somente em uma região, apertando ela a dor seria num local maior porém mais suportável, aprendi isso quando quebrei o braço brincando de lutinha com Cameron meu braço ficara tortinho desde aquela época ainda não o perdoei por isso.

Me levantei rapidamente ignorando a dor que sentia e continuei andando indo para for a daquele lugar, para minha sorte os grupos se acumularam nos andares mais baixos e na porta principal, entrei em um dos quartos do 5 andar e me deparei com um morto apenas, consegui o atrair para fora do quarto me pondo de costas para o corrimão enquanto ele tentava me agarrar, assim que toquei o corrimão ficando sem saída ele se lançou investindo em mim e nesse momento girei rapidamente para o lado esquerdo o fazendo passar no vazio e em seguida ele cair sozinho. O som da carne podre estalando no chão ecoou pelo local e foi como música para meus ouvidos, e é claro chamou a atenção dos mortos o que me dizia que era hora de dar o fora me fazendo voltar para o quarto, notei que a escada de segurança estava ainda em boas condições e por ela desci até chegar no beco, estava tudo limpo por ali então era hora de saquear.


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 Estava  encolhida em um canto daquela salinha chorando baixo e desesperada, que merda eu fui fazer logo naquele local! Onde eu estava com a cabeça? Era meu fim, com uma costela quebrada e agora sem poder correr por um corte profundo na coxa e uma torção grave no tornozelo esquerdo. Eu chorava não por medo de morrer, a  morte era certa de qualquer forma, mas o choro era por saber que jamais veria meus pais e irmãos de novo e que minha luta fora toda em vão, deixei minha alma ser lavada por minhas lágrimas no que seriam meus últimos momentos, a porta daquela salinha de escritório não iria durar muito tempo e nem mesmo os vidros, a pressão dos corpos empurrando e forçando a porta e os vidros logo os fariam ceder e eu seria devorada. Que droga, eu não queria morrer agora!

Acho que ninguém deseja morrer, ninguém sabe como vai ser e o que vai se passar em nossa cabeça enquanto sente sua carne ser rasgada, sentir seu sangue molhar sua pele e seu nervos serem estirados para fora de seu corpo, deve ser angustiante e terrivelmente doloroso mas creio que vai ser meu destino descobrir isso da única forma possível, queria ter uma arma comigo agora afinal não teria problema fazer barulho com um tiro que botaria fim ao meu pânico. O meu choro já havia feito este trabalho de atrair mais mortos para a refeição, tudo o que eu tinha era um pedaço de ferro que não me ajudaria em nada agora nem mesmo lutar contra aqueles errantes, me levantei devagar e vi que o local não tinha tantos errantes como eu pensei e talvez desse para fugir, talvez eu durasse alguns quarteirões a mais, melhor que morrer chorando.

 Peguei a cadeira com rodinhas que estava próxima de mim e me apoiando um pouco em ambas as pernas me fazendo gemer alto de dor a lancei contra o vidro, ele se estilhaçou e agitou ainda mais os errantes, tomei impulso e corri mancando até a mesinha subindo nela rapidamente e logo pulando contra eles derrubando alguns, antes que me mordessem ou arranhassem me levantei e sai correndo para fora dali, a dor me fazia chorar fazendo minha vista borrar com as lágrimas. Eu tinha de aguentar a dor que sentia se quisesse sobreviver, enquanto corria mancando, chorando, sangrando pelas ruas eu orava comigo mesma para que Cameron não estivesse numa situação parecida, na verdade deseja que ele estivesse por perto para que me salvasse, para que eu pudesse lhe dar um ultimo abraço como tanto sonhava em fazer. A dor me venceu quando cheguei em uma praça e vi alguns bancos, alguns errantes me notaram ao longe e vinham em minha direção devagar, eu não aguentava mais correr então me sentei e desisti de fugir entregando meu destino ao próprio destino e fosse como tivesse de ser, eu sabia reconhecer meus limites e lutar até atingi-lo e ali eu já havia passado dos meus a muito tempo e isso me fazia me sentir reconfortada de certa forma, saber que lutei com unhas e dentes até meu corpo chegar em seu extremo me fazendo não ser uma covarde que sentou e morreu chorando, eu morri tentando sobreviver mesmo estando sentada num banquinho de uma praça.

 Senti que um vento quase como o de outono soprava entre as árvores da praça e isso me trazia a lembrança da fazenda do papai, sempre ventava na sua varanda na parte da frente da casa e era lá que eu Cameron e Jullia nos sentávamos para brincar ou apenas conversar, o vento corria forte e bagunçava meus cabelos e o de minha irmã e ríamos atoa com isso desde crianças. O som dos errantes se aproximando me fazia tremer e querer fugir mas eu já mal conseguia apoiar meu pé esquerdo no chão, me dava vontade de chorar novamente pois queria estar em casa deitada em minha cama lendo um livro, ouvindo música ouvindo minha irmã correndo pela casa fazendo bagunça e sentindo o cheirinho da torta de maçãs que só a mamãe sabia fazer, queria um abraço apertado do Cameron dizendo que iria tudo acabar logo que era só uma fase e que era passageira, mas não, eu iria morrer e sequer conseguiria correr mais um mísero metro sequer era um fim tão idiota que ao mesmo tempo que eu começava a chorar apavorada eu sentia ódio daquilo tudo. O famoso filme começava a passar em minha mente anunciando que era meu fim, eu me lembrava do papai sentado na varanda da fazenda fumando seu cachimbo e sua expressão serena, seus traços marcantes como de um homem imponente e másculo como todo militar veterano como ele, um homem cunhado para batalhas e também um pai carinhoso, que sabia abraçar e fazer um carinho como nenhum outro. Mesmo estando mais velha com 17/18 anos ele me pegava no colo e passava a mão por meus cabelos me chamando sempre de “pequena” e esfregando sua barba por fazer em mim, o seu perfume ficava em mim fazendo eu sentir saudade dele quando tinha de ir embora e agora ainda posso lembrar do seu perfume amadeirado, mesmo com todo esse fedor de carne podre seu cheiro ainda parece ser mais forte, minha memória se nega a deixar que meus últimos instantes sejam tão cruéis ao ponto de bloquear memórias que possam aliviar minha agonia.

  Eles estavam cada vez mais próximos de mim e eu não conseguia parar de chorar mais, era mais forte do que minha vontade de segurar o choro e acabava engasgando com minha saliva ao tentar engolir, no desespero apanhei algumas pedras e tentava jogar nos mortos mas não fazia efeito algum, era só uma reação natural de desespero e luta pela sobrevivência comum em qualquer espécie de tentar se manter vivo por qualquer meio necessário. Eu começava a chorar cada vez mais alto e em alguns momentos a gritar para se afastarem como se eles fossem me ouvir e sair dali, não tinha mais jeito eu tinha que sobreviver mas não sabia como fazer isso, me levantei com um impulso sem pensar e comecei a correr novamente, a cada passo um urro de dor e lágrimas incessantes lavando meu rosto junto ao suor frio.

 Logo escuto uma voz vindo de algum lugar mas não sabia de onde, logo ouço novamente e noto uma outra garota ali, era bonita e estava com um arco nas mãos, ela faz sinal para eu ir até lá e assim eu faço indo até o local me sentindo fraca já devido a perda de sangue pelo corte em minha perna. Ela pega meu braço esquerdo e se coloca como apoio para mim e me ajuda a correr dali sem que os mortos consigam nos seguir através de um beco e uma passagem pela cerca de madeira, assim saímos para outro local onde parecia ser mais seguro pelo menos à primeira vista. Olho para a garota enquanto agora caminhávamos um pouco mais devagar, não lhe perguntei seu nome nem nada a seu respeito por pensar que seria meio fora de hora já que ela se arriscou para me salvar. Fomos para um local mais afastado onde provavelmente era seu acampamento, ela me ajudou com meus ferimentos e  perguntou como eu tinha me metido naquela situação então lhe contei:


  “ Eu havia acabado de sair de um prédio no centro da cidade onde passei a noite anterior, estava sem água para encarar esse calor que fez hoje e então decidi buscar por água e comida que também começou a escassear. Eu segui para uma padaria indo por uns becos mais parados e que não tinham muitos zumbis mas em um deles me deparei com um pequeno grupo, como não tenho armas só me resta fugir e foi o que fiz, porém nessa fuga eu acabei ficando encurralada em uma área cercada, tive de pular uma cerca de arames de pregos de uma guarita de segurança e rasguei minha coxa como pode ver e para completar na queda eu torci meu tornozelo o deslocando. Tive que seguir rapidamente para longe e consegui chegar em uma loja de roupas, para meu azar lá também tinha muitos errantes e acabei ficando presa numa salinha de administração da loja, me neguei a morrer naquele lugar e me forcei a sair de lá e vim parar ali na praça onde você me viu fugindo. “

Ela riu um pouco me fazendo pensar se tinha contado alguma piada e me deixando confusa, eu quase morri e ela ainda ria disso? Mas não era hora de criar atritos com ninguém afinal ela salvou minha vida e eu deveria ser muito grata a isso, assim os dias se passam e a convivência me faz notar algo diferente naquela garota, levaram-se alguns dias para que soubéssemos os nomes uma da outra eu me mantinha reservada e constrangida em ficar questionando ela então deixava pelo acaso nos levar a conversar de modo mais sociável.

Assim que senti melhoras no tornozelo voltei a saquear, não podia esperar muito tempo para ele se curar ou morreríamos de fome, sendo uma garota menor e que mais acostumada em saquear furtivamente eu gostava de ir buscar suprimentos, era de mim evitar que outros se arriscassem pra me manter viva e buscar suprimentos definitivamente era se arriscar e se tornava pior ainda por estarmos em uma região com muitos errantes. A jovem havia saido por alguma razão que eu desconhecia e foi a oportunidade perfeita para mim, me vesti e peguei minha velha mochila, na casa havia algumas ferramentas de trabalho apanhei um facão e uma enxada da qual eu tirei a lâmina e peguei o cabo para usar como uma espécie de cajado para apoio, saí em direção ao centro da cidade novamente para buscar suprimentos e para minha sorte eram poucos os errantes nas ruas o que me fez pensar que a manada havia se movido para o norte, a manhã provavelmente seria muito produtiva.

Ao anoitecer eu voltava morrendo de dores e muito contente com  o resultado do saque, estava com minha mochila repleta de alimentos e uma bolsa de viagens que havia encontrada numa loja de artigos esportivos com várias garrafas de água, uma loja de artigos para natação ainda tinha uma pia com água limpa, acho até que sequei o que restava da água na caixa. Assim que voltei ao acampamento vi a garota na janela e assim que fui entregar os suprimentos algo inesperado aconteceu, ela se virou bruscamente e me acertou um forte tapa no maxilar que me fez apagar por alguns segundos e cair bruscamente no chão, senti minha costela machucada doer novamente por ter caído sobre a mala com as garrafas de água, não consegui segurar algumas lágrimas pela dor mas consegui conter o choro para não me mostrar tão fraca como era. Logo tentei me erguer lentamente com uma das mãos na costela enquanto a vi se aproximar e questionar onde eu havia me metido, algumas sacudidas me fizeram fechar um dos olhos como sinal da dor que sentia em minha costela, devagar respondi que tinha ido buscar suprimentos já que eu tinha visto que os nossos estavam acabando, não queria me sentir inútil numa cama improvisada. Contei que a manada maior havia se movido para o norte deixando o centro da cidade limpa para poder saquear e juntar os suprimentos, não queria ser um estorvo para ela que já havia feito muito por mim pelo fato de ter comigo uma doutrina de gratidão com a pessoas que me fazem bem, e eu me sentia segura com ela de forma que eu me sentia com meu irmã Cameron e dessa forma eu não queria que ela saísse dali sozinha e acabasse como eu estava quando ela me encontrou, já sabia dos erros que eu cometi na primeira vez e não iria comete-los de novo.

  Ela me disse que não deveria ter saído daquela forma sem conseguir andar direito e ainda mais sozinha, senti um tom de preocupação mas acho que não havia motivos para ela se preocupar comigo levando em conta que eu ainda era uma estranha para ela, mas eu não podia dizer o mesmo pela minha parte em relação à ela. Eu sentia um certo carinho e gratidão por ela já que ela havia me ajudado a fugir dos errantes, cuidado de mim quando eu estava ferida e gastou muito de seus mantimentos, remédios e água comigo, eu devia aquilo à ela e não me arrependia do que tinha feito e mesmo ela acabando de me falar para não repetir aquilo eu com certeza faria de novo, já que estávamos passando alguns dias juntas era meu dever ajuda-la como podia e o que eu mais sei fazer mesmo que não parece, isso é saquear.

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  As semanas passaram e eu poderia dizer que já haviam se completado dois meses, já tinha um tempo que eu estava completamente curada e finalmente um momento mais tranquilo surgiu em um fim de tarde, eu estava terminando de preparar uma lata de feijões e ela estava do lado de fora olhando para o horizonte, separei uma porção para cada uma em uns copos de macarrão instantâneo que tínhamos e fui me sentar ao seu lado. Entregando o copo à ela puxei o assunto que a tanto tempo ainda não havia puxado ao lhe perguntar seu nome, ela respondeu que era Donna Marie Pinciotti mas de modo mais simples apenas Donna, achei que seu nome combinava com sua personalidade por ser imponente e forte, me apresentei com um simples sorriso e um aperto de mão. O momento era favorável e assim pudemos nos conhecer melhor contando um pouco de nossas histórias uma para outra, ela me perguntou para onde eu estava indo e se tinha algum grupo me esperando, eu lhe contei sobre meu pai e meu irmão que queria ir encontrar Cameron. Ela riu por um momento e disse que do modo como eu esta indo acabaria falhando nisso e que deveria tomar mais cuidado com minhas decisões, eu abaixei a cabeça e tive que concordar de forma baixa com ela, eu já havia quase morrido agindo de modo inconsequente pensando como se um amanhã fosse apenas mais um dia qualquer, na verdade era de cada um como o amanhã será o hoje que vivemos será o primeiro passa para um amanhã melhor e eu não poderia jogar meu dia atual pro ar acreditando que o amanhã não será melhor do que hoje. Não percebi no momento mas acabei abraçando um dos braços de Donna e apoiando minha cabeça em seu ombro agradecendo por abrir meus olhos, quando notei o dia nascia outra vez, estava deitada com a cabeça no colo de Donna e ela sentada escorada na parede com sua mão sobre meus ombros, parecia estar dormindo, me levantei devagar para não acorda-la mas notei que tinha sido em vão quando ela me perguntou aonde eu iria e eu fiquei sem resposta.

Meu saque matinal havia falhado, mas foi bom por um lado passamos a manhã ajeitando as coisas para seguirmos nossos rumos e completarmos nossos objetivos, apesar de não saber quais eram os dela eu ficava aflita sem saber o que lhe aconteceria ou se a veria novamente e pensando nisso em alguns momentos me pegava com uma lagrima ou outra escorrendo pelo meu rosto, em algum momento ela notou e perguntou se eu estava bem e eu disse que sim e que era apenas preocupação com meu irmão, ela tentou me confortar dizendo que se ele fosse como eu havia lhe dito ele deveria estar assando salsicha numa fogueira de mortos e cantando alguma canção idiota. Não contive o riso e a abracei por alguns instantes, no fundo eu não queria me afastar dela e deixar o acaso decidir se iria revê-la ou não, eu queria ter certeza de que ela ficaria bem e que morto algum conseguiria lhe fazer mal ou até mesmo vivos que se tornaram bárbaros e selvagens com o caos que se instalou. Enquanto pensava nas hipóteses que poderiam acontecer sem me dar conta a abracei mais forte e finalmente chorei deixando as preocupações se aliviarem,  pedi para que caso ela aceitasse,  me deixasse seguir viagem com ela até pelo menos encontrar meu irmão pois ela estava seguindo um caminho que seria o mesmo que ele faria para vir para NY.  Ela aceitou de continuarmos juntas mais um tempo até que eu encontrasse Cameron, me senti feliz e intrigada com algo que ainda desconhecia até o momento, jamais havia me sentido bem assim com outras pessoas e muito menos com uma pessoa que eu estava ainda conhecendo, poderia dizer que gostava dela, mas talvez fosse algo além disso e eu ainda não tinha me dado conta. Acho que o melhor era deixar o tempo dizer o que era, mas ainda assim algo nela me chamava a atenção, sua personalidade e seu modo único de ser, me passava conforto, confiança e me fazia sentir segura e isso era impagável, era como estar com Cameron mas de uma forma diferente, era mais forte.

A partir dali a viagem seguiria com uma pessoa do meu lado e que eu tentaria proteger a todo custo, devia isso à ela e não costumava ser uma garota de quebrar minhas promessas mesmo que fossem feitas somente para mim, os dias iam se passando e o caminho ficando mais próximo de Cameron e minha preocupação com Donna aumentando, nesse ponto o destino seria nosso narrador, se seria um salvador ou o executor só os dias correndo é que nos permitiria descobrir.
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Michelle Greywood
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